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Jefferson Medeiros

“Farpas”

Farpas

(Cód. 14514)

  • Data

    2025
  • Técnica

    arame farpado galvanizado
  • Dimensões

    (A x L) 40 x 56 cm
  • Edição

    20

  • Acompanha certificado de autenticidade


Preço normal R$ 8.000,00
Preço normal Preço promocional R$ 8.000,00
Disponibilidade imediata

A obra “Farpas” de Jefferson Medeiros apresenta a estrutura da bandeira do Brasil construída com arame farpado, suscitando uma reflexão sobre território, identidade nacional e violência estrutural. Ao substituir as linhas e formas que normalmente representam a nação por um material associado à contenção, exclusão e ferimento, o artista questiona a distância entre os ideais de liberdade e progresso e a realidade marcada por desigualdades, opressões e fronteiras físicas e simbólicas impostas historicamente.

 

A escolha do arame farpado reflete o interesse de Medeiros por materiais brutos e metálicos, associados ao trabalho manual, à precariedade e à violência, construindo uma linguagem visual que parte da periferia para revelar as contradições do país. “Farpas” dialoga com os eixos centrais de sua pesquisa, que exploram colonialidade, exploração e resistência, ao mesmo tempo em que propõe uma leitura crítica do símbolo nacional, aqui marcado não por cores vibrantes, mas por linhas cortantes e pela memória da dor.

Biografia

Jefferson Medeiros

Jefferson Medeiros

n. 1989, São Gonçalo (RJ), Brasil | Vive e trabalha em São Gonçalo (RJ), Brasil.

efferson Medeiros é artista visual, músico percussionista e professor de História, Sociologia e Filosofia no Ensino Básico, nascido em São Gonçalo, Rio de Janeiro. Doutorando em Artes pela UERJ e mestre em Estudos Contemporâneos da Arte pela UFF, possui especialização em Ensino de Histórias e Culturas Africanas e Afro-brasileiras pelo IFRJ e formação em História pela UERJ-FFP. Sua pesquisa parte das vivências cotidianas nas periferias urbanas, abordando temas como colonialidade, violência estrutural, exploração do trabalho e formas de resistência coletiva, desenvolvendo uma epistemologia periférica de compreensão da realidade. Utiliza materiais como concreto, madeira, ferro e cápsulas de munição, adaptando a técnica e a linguagem de cada obra de acordo com sua necessidade conceitual. Sua produção tensiona discursos hegemônicos, suscitando reflexões sobre território, trabalho, memória, violência, justiça social e utopia.

Entre suas principais exposições individuais estão “Obra”, na Galeria Cândido Portinari – UERJ Maracanã (2024); “Vou aprender a ler pra ensinar meus camaradas”, no SESC Ramos (2024-2025) e no Espaço Cenarte Dimensões (2021); “Quem nos protege, se não nós?”, na Galeria INOX (2021); e “Ventos do Norte não movem moinhos”, no SESC São Gonçalo (2023).

Participou de exposições coletivas de relevância como “Planta dos pés, linhas das mãos: terra e território”, no Festival Sesc de Inverno – Sesc Teresópolis (2025); “Ana Mae Barbosa: ocupação”, no Itaú Cultural (2025); “Dignidade e luta Laudelina de Campos Mello”, no IMS Poços (2025); “Bloco do prazer”, no Museu de Arte do Rio (2024); “Sol fulgurante: arquivos de vida e resistência”, na Pinacoteca de São Paulo (2024); “Histórias brasileiras”, no MASP (2022); “Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros”, no Instituto Moreira Salles (2021); e “Casa Carioca”, no Museu de Arte do Rio (2020), entre outras realizadas em instituições como Galeria Mendes Wood, Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, Galeria de Arte UFF, Museu da Imagem e do Som, Museu da República e Caixa Cultural.

Foi indicado ao Prêmio PIPA de Arte Contemporânea em 2024 e participou de feiras como SP-Arte e ArtRio entre 2021 e 2025. Suas obras já foram apresentadas em instituições como Museu de Arte do Rio, Instituto Moreira Salles, Itaú Cultural, MASP e Pinacoteca de São Paulo, integrando importantes coleções públicas e privadas.