• Antonio Oba, Série: lapidário continental I e II (óbolo e minha boca é um túmulo)
  • Antonio Oba, Série: lapidário continental I e II (óbolo e minha boca é um túmulo)
  • Série: lapidário continental I e II
  • Antonio Oba, Série: lapidário continental I e II (óbolo e minha boca é um túmulo)
  • Antonio Oba, Série: lapidário continental I e II (óbolo e minha boca é um túmulo)

Antonio Obá

“Série: lapidário continental I e II”

Série: lapidário continental I e II

(Cód. 5862)

  • Data

    2016
  • Técnica

    impressão fine-art sobre papel Hahnemühle Photo Rag Baryta 315g
  • Dimensões

    (A x L x P) 37 x 27 x 4 cm (cada)
  • Edição

    10 + 3PA

  • Acompanha certificado de autenticidade


"Série: lapidário continental I e II (óbolo e minha boca é um túmulo)"

O díptico consiste em duas imagens: "Óbolo" remete à estatuária artesanal africana que, não raro, utiliza conchas de búzios para fazer as vezes dos olhos em suas figuras humanas. Fora o caráter decorativo atribuído às tais conchas (como se vê na indumentária de Orixás), são elas também objetos divinatórios e de adivinhação usadas no jogo de búzios.

Já em "minha boca é um túmulo", a geofagia está ligada ao costume de comer terra em algumas tribos africanas. No Brasil colonial, esse traço comportamental, que por vezes foi interpretado como um gesto simbólico, transformou-se em ato suicida de materialização de um banzo (termo que define a nostalgia mortal dos negros escravizados, a saudade da terra natal), posteriormente “controlado” pelo uso de medonhas máscaras anti-terra.

Biografia

Antonio Obá - Carbono Galeria

Antonio Obá

n. 1983, Ceilândia (DF), Brasil | Vive e trabalha em Taguatinga (DF), Brasil.

Antonio Obá aborda em suas obras aspectos culturais relativos ao preconceito étnico, à religiosidade, erotismo, memórias familiares e como tais fatores sociais, constroem e desconstroem o corpo dos indivíduos. Desenhos, pinturas, objetos, instalações, performances, gravuras, o artista traz, ora figurativa, ora sublimada, a evidência do corpo: um rastro, um artefato, um gesto que insiste na resistência de ser, de se perceber estrutura demarcada por rituais, histórias, interdições, tradições. 

Graduado em Artes Visuais / licenciatura (2010), pela FADM – Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, há mais de 10 anos trabalha na área de arte-educação e atua como professor em Artes Visuais pela Secretaria de Educação do Distrito Federal - Brasília - desde 2012, respondendo pela Regional de ensino da cidade de Taguatinga (DF). 

Artista visual, participa de exposições coletivas e individuais desde 2001, tendo obras em coleções particulares e expostas em salões locais e internacionais. Artista-membro do Centro Cultural Elefante, centro este que promove a experimentação poético-artística, bem como o fomento de projetos relacionados à prática e reflexão da arte por meio de residências, oficinas, exposições, cursos, etc.

Galerias representantes

Mendes Wood DM, São Paulo