“Ovo com paisagem dentro”
Ovo com paisagem dentro
(Cód. 14377)
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Data
2025 -
Técnica
resina mineral, latão e óleo sobre latão -
Dimensões
(A x L x P) 66 x 20 x 18 cm -
Edição
12 + 3PA -
Acompanha certificado de autenticidade
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"Ovo com paisagem dentro" é composta por uma escultura em latão que abriga um ovo encaixado. Feito em resina mineral, o ovo se abre ao meio, revelando em seu interior uma pequena placa de latão com uma pintura de paisagem realizada em tinta a óleo.
A obra retoma formas essenciais e recorrentes em minha pesquisa: o gesto de juntar as mãos, que dá origem ao ovo, estruturas criadas para acolher outros objetos e as "paisagens domésticas", cenas guiadas por uma linha do horizonte, onde as coisas existem e se misturam ao fundo e ao ambiente, sejam garrafas ou a vista das montanhas.
O título é literal, mas também alude a uma frase da cineasta Agnès Varda: "Se abrirmos as pessoas, encontraremos paisagens", uma visão poética da natureza humana e da relação entre interior e exterior, memória e mundo.
A obra opera como uma escavação da origem das formas, expressando impulsos primordiais da humanidade: criação, abrigo, vida e morte.
Biografia
Brisa Noronha
Brisa Noronha é artista multidisciplinar, cuja prática se desenvolve entre desenho, pintura, porcelana, fotografia e vídeo, explorando a escuta atenta dos materiais e o equilíbrio entre intenção e comportamento da matéria. Mestre em Artes Visuais pela Universidade de São Paulo, onde articulou sua pesquisa com o Instituto de Física, e bacharel em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e em Artes Visuais pela Faculdade Santa Marcelina (2015), Brisa constrói um trabalho empírico e experimental, no qual o tempo se apresenta como matéria visível em camadas, ritmos e pequenas variações. Seus objetos, frequentemente agrupados ou alinhados por afinidades intuitivas, convidam à contemplação das texturas, transparências e irregularidades, revelando sistemas delicados que equilibram ordem e acidente, controle e desvio. Entre proposição conceitual e condução do material, seu trabalho encontra forma no entrelaçamento de matéria, tempo e pensamento.
Entre suas exposições individuais, destacam-se "Os ossos do mundo" na Sé Galeria, São Paulo, Brasil (2021), "Invited artist" no MIA Anywhere, MIA Collection Virtual Museum (2020), "As saboneteiras" no Museu de Arte de Ribeirão Preto (2019), "Guardar uma coisa" na Galeria Murilo Castro, Belo Horizonte, Brasil, e "Gesto" no Museu de Arte de Blumenau, Blumenau, Brasil (2018), além de "O Estado das formas" no Projeto Mesmo Lugar - Qual Casa, São Paulo, Brasil (2015).
Entre suas participações em exposições coletivas, destacam-se "Melodia" na Residência Fonte, São Paulo, Brasil, e "Curvas de Animação" na Sé Galeria, São Paulo, Brasil (2023), "Mãe" no Espaço Cama, São Paulo, Brasil (2022), "Diamante-grafite-carvão" na Residência Fonte, São Paulo, Brasil, e "Nothing is gonna change my world?" na Gr_und, Berlim, Alemanha (2021), "Até a terra" na New Gallery, São Paulo, Brasil, e "Corpo, gesto, palavra, sangue, Brasil, abismo" na Sé Galeria, São Paulo, Brasil (2020), bem como "Ânima - Mergulhos da Piscina" no CC Espaço, São Paulo, Brasil, e "No dia primeiro no nono andar" na Galeria LAMB-SP, São Paulo, Brasil (2019).
Brisa Noronha foi contemplada em 2017 com a bolsa do programa Freedom to Create na Arteles Creative Residency, Finlândia, e recebeu o prêmio no 22º Salão de Arte Contemporânea de Praia Grande, Brasil (2015). Suas obras integram importantes publicações como "entre(tempos): Casa Zalzupin" (ACT Editora, 2022) e "Os ossos do mundo" (Sé Galeria Educação, 2021), consolidando sua presença no cenário da arte contemporânea brasileira e internacional.
