• Mata branca
  • Mata branca
  • Mata branca
  • Mata branca

Mariana Tassinari

“Mata branca”

Mata branca

(Cód. 14507)

  • Data

    2025
  • Técnica

    bordado sobre linho e cobre
  • Dimensões

    (A x L x P) 40 x 120 x 5 cm
  • Edição

    10 + 2PA

  • Acompanha certificado de autenticidade


Preço normal R$ 11.000,00
Preço normal Preço promocional R$ 11.000,00
Disponível em 10 dias úteis

"Em novembro de 2024 estive em residência na Serra da Capivara, no Piauí.

Estávamos em oito mulheres, guiadas por Tininha Llanos, e a nossa intenção era explorar as pinturas rupestres do parque. A primeira toca onde vimos as pinturas era bem acessível, outras exigiram caminhadas morro acima. A cada subida, novas vistas revelavam uma variedade de paisagens com rochas e verdes, que me fizeram sentir que estava na pré-história.

Conhecemos também a força das mulheres que vivem ali, muitas responsáveis pela preservação do parque. Dora nos ensinou a trançar um cesto com cipó. Gi e Dagui mostraram novos pontos de bordado. Ceicinha cantou músicas do sertão e contou histórias sobre Niéde Guidon.

Foram oito dias que pareceram o início de uma nova vida. Registrei tudo em meu caderno de viagem, com escritos e desenhos. 

Voltei e precisava manter aquilo tudo comigo. Mandei alguns desenhos junto com tecidos e linhas para Tininha distribuir em seu círculo de bordadeiras.

Quando recebi de volta, meus desenhos tinham virado bordados e nas minhas mãos segurava um pouco da Serra da Capivara.

É a partir daí que surge a série inédita para a Carbono."

Mariana Tassinari

Biografia

Mariana Tassinari

Mariana Tassinari

n. 1980, São Paulo (SP), Brasil | Vive e trabalha em São Paulo (SP), Brasil.

Mariana Tassinari iniciou sua trajetória fotográfica em 1996, desenvolvendo uma pesquisa marcada pela serialidade e pela observação de sutis variações formais. Suas séries, compostas por duas ou mais imagens dispostas tanto na vertical quanto na horizontal, recusam a separação física por molduras ou intervalos, formando composições que se apresentam como uma única obra. A artista transita entre snapshots de arquitetura e paisagem, explorando relações entre repetição, sequência e diferença, convidando o olhar do espectador a percorrer os detalhes que emergem na comparação entre imagens. É formada em Artes Plásticas pela Fundação Armando Alvares Penteado (2005) e cursou dois anos de Arquitetura e Urbanismo no Mackenzie (1999–2001), experiências que influenciam diretamente sua compreensão espacial e compositiva.

Entre suas exposições individuais destacam-se em 2017 “Sobretempo”, na Galeria Superfície; em 2016 “Quina”, na Galeria Fauna; em 2012 “Requadros”, na Galeria Zipper; e em 2010 “Da janela do meu quarto”, na Galeria Mendes Wood, e “Sesc Vitrine”, no Sesc Santana. Em cada uma dessas mostras, a artista aprofundou seu interesse na repetição e na continuidade visual como estratégias para intensificar a percepção de formas, cores e narrativas visuais.

Participou de importantes exposições coletivas nos últimos anos, incluindo em 2018 “Pensaram ser Paisagem, era corpo”, no BNP Paribas, São Paulo; em 2014 “Paisagem Entrópica”, no SPFW, São Paulo; em 2013 “Lianzhou Photo”, na China; e em 2013 “Acervo Geral”, na Galeria Luciana Caravello, Rio de Janeiro. Essas mostras destacam sua presença no cenário nacional e internacional e reforçam a relevância de seu trabalho no diálogo com diferentes contextos e públicos.

Ao longo de sua trajetória, Mariana Tassinari também atuou como diretora de arte da marca GAROA (2012–2013) e da Revista Amarello (2015–2018), dirigiu o documentário “Eduardo de Almeida: Arquiteto da Medida Justa” (2015) e publicou os livros “Quina” (2016), “Sobretempo” (2017), “Traslado” (2020) e “A Noite trouxe a manhã” (2023), este último em coautoria com Alberto Tassinari. Em 2019, foi jurada convidada do programa “Arte na Fotografia”, do Canal Arte 1. Sua produção estabelece conexões entre fotografia, arquitetura e cinema, explorando o tempo, o espaço e a narrativa visual com precisão e delicadeza.