O interesse de Eduardo Coimbra pelas questões que permeiam o estudo da paisagem e do espaço desdobra-se em instalações, maquetes, objetos, fotografias e desenhos. Seu trabalho foi exibido no Museo de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAM-RJ, em 2018, na CAIXA cultural de São Paulo, em 2017, na FUNARTE e no CCBB, São Paulo, em 2014, Instituto Tomie Ohtake em 2013, na 29ª Bienal Internacional de São Paulo em 2010, no Centro per l’Arte Contemporanea Luigi Pecci e na Bienal do Mercosil em 2001. Coimbra faz parte da coleção Itaú de Fotografia, da Pinacoteca do Estado de São Paulo e do MAM-RJ, entre outras.
De estádios de futebol a nuvens, o artista utiliza temas que permitem reconfigurar a noção corriqueira que se tem sobre o espaço. Em Estádios, esquemas impossíveis são deflagrados por maquetes para um campo de futebol-metáfora. Já em Luz Natural, trabalho apresentado na Bienal de São Paulo, a imaterialidade da luz, é reforçada pela representação da nuvem num jogo de duplo sentido. Recentemente, a investigação do artista sobre a luz e a paisagem levou-o a desenvolver uma instalação temporária para espaços públicos urbanos intitulada Nuvem, que foi apresentada no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Moscou.
De acordo com o curador Agnaldo Farias, “o artista parece defender a ideia que tanto é tangível à paisagem exterior, aquela pela qual se passeia ao mesmo tempo em que se vai colhendo com os olhos, quanto às representações da paisagem. Mais do que isso, trata-se de dois termos indissociáveis. Isto porque a pele do mundo é igualmente constituída pelas ideias e imagens que lhes são extraídas. Aquele que passeia pelo mundo é simultânea e inevitavelmente centro desse mundo; é quem o funda.”