Élle de Bernardini é mulher transexual, artista e bailarina, cujos trabalhos são amplamente permeados por sua biografia. Suas obras abordam a intersecção entre, questões de gênero, sexualidade, política e identidade com a história da humanidade e da arte. Seu trabalho vem sendo exposto em instituições nacionais como, Museu de Arte de São Paulo/MASP, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte do Rio/MAR, Museu de Arte do Rio grande do Sul/MARGS, Museu Nacional da República, Memorial da America Latina, MAC-RS, Pivô Arte e Pesquisa, Farol Santander, Centro Cultural São Paulo. Suas obras integram importantes coleções como, Museu de Arte do Rio Grande do Sul / MARGS, Porto Alegre. MAC-RS, Porto Alegre. MAC-Niterói, Rio de Janeiro. Coleção Santander Brasil, São Paulo. Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro. Museu de Arte Moderna do Rio, Rio de Janeiro. Fundação de Artes Marcos Amaro, Itu e Museu Nacional da República, Brasília. Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo.
Com o uso de diversas linguagens, como performance, video, fotografia, pintura, objeto e instalação, suas obras abordam questões de gênero, sexualidade, identidade, biopolítica, relações de poder e controle do corpo pelo sistema. Sua prática interdisciplinar insurge dos movimentos recreativos de construção e destruição da própria imagem andrógina, forca motriz do interesse da artista em investigar e questionar os limites binários impostos socialmente naquilo que se institui como masculino e feminino, loucura e sanidade, pornografia e arte. “Ele cria objetos que aludem a partes do corpo, em especial, zonas erógenas, recombinadas de maneiras não usuais. Por meio de uma representação sintética destes membros, como seios, vaginas, ânus etc., Bernardini desenvolve uma espécie de léxico formal próprio, em que supostos dildo-pernas ou dildo-braços, implantes de clitóris e aberturas de orifícios seriam possíveis em variadas partes do corpo, desconstruindo as conjecturas de uma pressuposta materialidade corporal única.” Escreveu a crítica e curadora, Beatriz Lemos para o catálogo da exposição “Histórias Feministas” que a artista participou em 2019 no MASP.
Élle vem desenvolvendo há quatro anos a série de foto-performances, “A Imperatriz” fechando, e esvaziando os mais importantes museus do país somente para recebê-la. Já percorreu, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Mac-Niterói, Museu Nacional da República, Museu de Arte de São Paulo, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Biblioteca Nacional, Sede da Embaixada Italiana, Farol Santander, e recentemente o Palácio do Itamaraty. Também foi a primeira artista transexual a ter uma obra incorporada no acervo da Pinacoteca de São Paulo, e a primeira a ser acervada em um Museu do país em 2015 com a obra em vídeo, “As Lágrimas da Artista”, adquirida para o acervo do MARGS, em Porto Alegre. A artista participa este ano (2020) da 12 Bienal do Mercosul, a convite da curadora Andrea Giunta que abre em abril em Porto Alegre.