Visualmente influenciado por referências provenientes da cidade de São Paulo, o início da trajetória artística de Rodrigo Sassi é marcada pelo desenvolvimento e prática de intervenções urbanas, época em que vivenciou e utilizou a cidade como suporte de atuação, reflexão e inspiração para seus trabalhos. Com o passar do tempo esta pesquisa, até então realizada no cenário urbano, se transformou em referência estética e conceitual para um trabalho desenvolvido em atelie, hoje dedicado principalmente ao tridimensional, desdobrando-se para outros suportes.
Tendo como ponto de partida a arquitetura, o cenário urbano e processos relacionados à construção civil, as obras de Sassi assumem como poética de linguagem a relação entre estas áreas e as artes visuais, criando, a partir do uso de materiais e técnicas construtivas, esculturas e instalações que interferem e se integram ao espaço, criando sua própria arquitetura. Como consequência do uso de materiais encontrados nas ruas, seus trabalhos estão profundamente conectados com o ambiente local e podem ser vistos como uma extensão do espaço urbano de forma que as marcas e rastros remanescentes nas composições de suas obras situam o espectador em relação a sua história, ao percurso e ao processo de transformação da matéria.
Graduado em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP (2006), Rodrigo participou de algumas residências artísticas, entre elas CAMPO AIR no Urugay (2019), Sculpture Space nos Estados Unidos (2016) e Cité Internaciolnale des Arts de Paris (2014/2015) na França. Realizou exposições individuais em galerias e instituições, tanto no Brasil como no exterior, dentre elas “Tríptico” na FAMA – Fábrica de Arte Marcos Amaro em Itu em 2019; “Esquinas que me atravessam” no Centro Cultural Banco do Brasil - São Paulo em 2018; “Mesmo com dias maiores que o normal” no Centro Cultural São Paulo em 2017; “Tudo aquilo que eu lhe disse antes mas nem eu sabia” na Red Bull Station em 2016; “In Between” que itinerou da Nosco Gallery em Londres para a MDM Gallery em Paris. Entre as mostras coletivas estão: The humble black line na Frameless Gallery em Londres em 2018, 6º Prêmio Marcantonio Vilaça no Mube em São Paulo e “La Republique de la Rue” na Nosco Gallery em Marseille na França, ambas em 2017. Em 2016 “Atlas Abstrato” no Centro Cultural São Paulo e Festival Vídeo Brasil, realizado no SESC Pompéia em São Paulo no ano de 2013.
Rodrigo Sassi recebeu prémios como Ocupação Fábrica São Pedro pela Fundação Marcos Amaro em 2018, Proac - ARTES VISUAIS - OBRAS E EXPOSIÇÕES em 2016, Programa de Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural em Brasília 2015 e em 2013 Prêmio Espaço Galeria SESI e Prêmio Funarte de Arte Contemporânea. Suas obras integram coleções de acervos como o do MAR – Museu de Arte do Rio e MAB – Museu de Arte Brasileira.