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Alberto Pitta

“A coroa do velho Oxalá”

A coroa do velho Oxalá

(Cód. 13493)

  • Data

    2024
  • Técnica

    serigrafia sobre tecido natural
  • Dimensões

    (A x L) 123 x 92 cm
  • Edição

    12 + 3PA

  • Acompanha certificado de autenticidade


Preço normal R$ 20.000,00
Preço normal Preço promocional R$ 20.000,00
Disponibilidade imediata

Oxalá, o orixá maior, o orixá rei. Na obra “A coroa do velho Oxalá”, serigrafia feita em tecido natural desenvolvida por Pitta para a Carbono Galeria, o acessório que simboliza tal poder aparece estampado em branco sobre branco. A técnica remonta a trajetória de mais de quatro décadas do artista, que tem como matéria-prima por excelência o tecido. O bordado richelieu, tão presente em seu trabalho, é herança de sua mãe, entusiasta de seu talento e ingresso no mundo das artes. Sua produção traz a profunda relação de Pitta com o Carnaval da Bahia, da indumentária às simbologias. Conta por meio dos panos histórias sobre signos milenares da África e terreiros de candomblé. Os búzios, presentes na obra, falam sobre a possibilidade de leitura do passado, presente e futuro, já que é por meio deles que o orixá nos conecta com a realidade.

Ana Carolina Ralston

Biografia

Alberto Pitta - Carbono Galeria

Alberto Pitta

n. 1961, Salavador (BA), Brasil | Vive e trabalha em Salvador (BA), Brasil.

O artista Alberto Pitta tem como elemento central de seu trabalho a estamparia têxtil e a serigrafia, embora também tenha se dedicado à pintura e a obras escultóricas nos últimos anos. Com uma carreira de mais de quatro décadas, a produção de Pitta está fortemente ligada às festividades populares e dialoga com outras linguagens, como a indumentária. Seu trabalho possui uma forte dimensão pública, tendo produzido estamparias para blocos afro do carnaval, como Olodum, Filhos de Gandhy e o seu próprio, Cortejo Afro. Sua produção de estamparias teve início na década de 1980 e apresenta signos, formas e traçados que evocam elementos tradicionais africanos e afro-diaspóricos, especialmente os oriundos da mitologia iorubá, muito presente em Salvador e no recôncavo baiano. Nas palavras do curador Renato Menezes: “De fato, signos, formas e traços que evocam grafismos tradicionais africanos encontraram, sobre seus tecidos, um lugar privilegiado de educação das massas e de contação de histórias que só fazem sentido coletivamente. Se a escrita, na obra de Pitta, se organiza no conjunto de padrões e cores que reinterpretam a cosmovisão yorubá, a leitura, por outro lado, diz respeito à relação estabelecida no contato entre corpos em movimento, quando as ruas da cidade viram terreiro. Pelas dobras dos tecidos que cobrem os foliões percorre um alfabeto de letras e afetos, mobilizados pela música e pela dança: é no corpo do outro que se lê o texto que nos completa.”

Alberto Pitta participou de importantes mostras dentro e fora do Brasil. Dentre as individuais, destacam-se: "Outros Carnavais", na Nara Roesler (2024), no Rio de Janeiro; "Mariwó", na Paulo Darzé Galeria (2023), em Salvador; e "Eternidade Soterrada", organizada pela Carmo & Johnson Projects (2022), em São Paulo. Dentre as coletivas, destacam-se sua participação na 24ª Bienal de Sydney (2024); "Lélia em Nós: Festas Populares e Amefricanidade", no Sesc Vila Mariana (2024), em São Paulo; "O Quilombismo", na Haus der Kulturen der Welt, em Berlim, Alemanha (2023); "Encruzilhada", no Museu de Arte Moderna da Bahia (2022), em Salvador; e "Um Defeito de Cor", no Museu de Arte do Rio (2022), no Rio de Janeiro. Seu trabalho figura em coleções institucionais, como o Instituto Inhotim, em Brumadinho; o Museu de Arte do Rio, no Rio de Janeiro; e o Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador.

Galerias representantes

Nara Roesler, São Paulo