O trabalho de Gustavo Genta explora a escultura e instalação em um processo de constante experimentação, onde forma e material dialogam em um estilo inconfundível. Suas criações entrelaçam design industrial com abstração, compondo um sistema de signos pessoais e simbólicos. Nelas, a arquitetura e o espaço são desafiados, revelando novos registros e jogos de luz e sombra que transformam as percepções do espectador. Com um método de trabalho rigoroso, Genta alia processos racionais e emocionais, equilibrando produção seriada e técnica artesanal para construir um universo visual coeso e inovador.
Formado no início dos anos 2000 pelo Centro de Design Industrial do Uruguai, Genta pertence a uma geração de designers moldada para o cenário industrializado do país. Em suas obras, ele retoma elementos da arte cinética e da escultura abstrata latino-americana, ressoando influências de artistas como Jesús Rafael Soto e Gertrud Goldschmidt, Gego. Ao lado de seu conhecimento técnico, busca constante aprimoramento de materiais e formas, o que resulta em esculturas "sensíveis ao seu ambiente imediato", evocando sombras e reflexos que reverberam no espaço, como se fossem parte de uma dança luminosa.
Entre as exposições individuais de destaque estão “Gaivotas” na Galeria Inox (Rio de Janeiro, 2024), “Os Limites do Controle” na Fundação Iturria (Montevidéu, 2024), e "Jogos de Percepção" no Espaço Serratosa (Montevidéu, 2021). Em mostras coletivas, participou de “Abstração em Movimento” no MACA (Maldonado, 2023), e “Aquele que Toca o Vento” na Galeria Palatina (Buenos Aires, 2023). Sua presença no circuito internacional inclui a seleção uruguaia para a Bienal de Pequim (2021) e o projeto “Domo Panda” em Chengdu, China, com esculturas cinéticas de grandes dimensões.
Genta também integra importantes coleções privadas e públicas, como a do Museu Ralli (Punta del Este, Uruguai), Ernesto Kimelman e Sartori Rybolovleva (Montevidéu), além de ter obras em exibição permanente no World Trade Center de Montevidéu, incluindo as esculturas "Espireto" e "Panadero". Suas intervenções públicas e instalações refletem um compromisso com a forma e o material, revelando um artista cujo trabalho é um convite à experiência estética que transcende o objeto e se torna um diálogo com o espaço e com o espectador.
Galerias representantes
Galeria Inox, Rio de Janeiro
hungry art, Montevidéu, Uruguai Black Gallery, Punta del Este, Uruguai Palatina, Buenos Aires, Argentina