O trabalho de Mano Penalva parte do estudo da Cultura Material, mudanças de comportamento e efeitos da globalização. Sua produção é deliberadamente não-representativa, permitindo que os materiais ditem a forma e unam-se a partir do desejo de existirem no mundo. A partir da relação das estratégias de venda do varejo, das suas experiências de coleta e da observação do campo que transita entre a Casa e a Rua, o artista trabalha com diferentes mídias como pintura, escultura, fotografia, vídeo e instalação, sempre em busca da poesia obtida pelo deslocamento dos objetos de seu contexto cotidiano. Assim, pode-se reconhecer uma quebra de fronteiras e uma linguagem globalizada a partir da natureza dos materiais e objetos que compõem seus trabalhos, seja na apropriação de uma iconografia nacional familiar ou na justaposição desta à outras iconografias de diversas partes do mundo, costurando discursos de cunho sócio-filosóficos que são evidenciados pelas formas dos objetos criados. Penalva realça com seus trabalhos a ideia que a exponencial proliferação de objetos e imagens não se destinam a treinar a percepção ou a consciência, mas insistem em fundir-nos com eles.
Dentre suas exposições individuais destacam-se: "Casa de Andar", Portas Vilaseca Galeria (Rio de Janeiro, Brasil, 2019); "Acordo", Central Galeria (São Paulo, Brasil, 2019); "Hasta Tepito", B[X] Gallery (Brooklyn, NY, 2018); "Requebra", Frédéric de Goldschmidt Collection (Bruxelas, Bélgica, 2018); "TRUK(?)", Soma Galeria (Curitiba, PR, 2018); "Proyecto para Monumento", Passaporte Cultural (Cidade do México, MX, 2017); "Andejos", Museu de Arte de Ribeirão Preto (Ribeirão Preto, SP, 2017); "Estado Sul", Camelódromo (Porto Alegre, RS, 2017); "Balneário", Central Galeria (São Paulo, SP, 2016); "Deslocamento", Qual Casa (São Paulo, SP, 2015), como parte do "Projeto Mesmo Lugar" do Jardim do Hermes.