Vik Muniz é um dos artistas mais eminentes da arte contemporânea brasileira. Sua obra questiona e tensiona os limites da representação ao se apropriar de matérias-primas como algodão, açúcar, chocolate e até lixo, com as quais compõe paisagens, retratos e imagens icônicas retiradas da história da arte e do imaginário da cultura visual ocidental, atribuindo novos significados tanto aos materiais quanto às representações criadas.
Em seu processo, o artista cria composições tridimensionais efêmeras, posteriormente registradas em fotografia, condensando em um objeto duradouro e reprodutível as imagens construídas. Essa estratégia gera um jogo de ilusão: as imagens possuem forte aspecto físico, mas enganam o olhar do espectador quanto à materialidade. Como aponta a crítica e curadora Luisa Duarte, sua obra solicita um olhar retrospectivo que busca decifrar processo, materiais e referências para, então, aproximar-se do significado.
Além de sua relevância artística, Muniz se destaca por projetos sociais que coordenou, partindo da arte e da criatividade como fatores de transformação em comunidades carentes, além de criar trabalhos que dão visibilidade a grupos marginalizados.
Vik Muniz vive e trabalha entre Nova York, Estados Unidos, e Rio de Janeiro, Brasil. Exposições individuais recentes incluem: "Vik Muniz – A Olho Nu", no Instituto Ricardo Brennand (2025), em Recife, Brasil; "Fotocubismo", na Galeria Nara Roesler (2021), em São Paulo, Brasil; "Vik Muniz", no The Sarasota Museum of Art (SMOA), Ringling College of Art and Design (2019), em Sarasota, Estados Unidos; "Imaginária", no Solar do Unhão, Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) (2019), em Salvador, Brasil; "Vik Muniz: Verso", no Belvedere Museum Vienna (2018), em Viena, Áustria; "Afterglow – Pictures of Ruins", no Palazzo Cini (2017), em Veneza, Itália.
Participou de inúmeras bienais, como a 56ª Bienal de Veneza, Itália (2015), e a 24ª Bienal de São Paulo, Brasil (1998). Entre mostras coletivas, destacam-se: "Naar Van Gogh", no Vincent van GoghHuis (2018), em Zundert, Países Baixos; "Troposphere – Chinese and Brazilian Contemporary Art", no Beijing Minsheng Art Museum (2017), em Beijing, China; "Look at Me!: Portraits and Other Fictions from the “la Caixa” Contemporary Art Collection", no Pera Museum (2017), em Istambul, Turquia; "Botticelli Reimagined", no Victoria & Albert Museum (2016), em Londres, Reino Unido.
Suas obras integram acervos de instituições como: Centre Georges Pompidou, Paris, França; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS), Madri, Espanha; Museum of Contemporary Art, Tóquio, Japão; Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York, Estados Unidos; Tate Gallery, Londres, Reino Unido; e Whitney Museum of American Art, Nova York, Estados Unidos.