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Camille Kachani

“Marã”

Marã

(Cód. 14749)

  • Data

    2025
  • Técnica

    técnica mista
  • Dimensões

    (A x L x P) 68 x 35 x 10 cm
  • Edição

    10

  • Acompanha certificado de autenticidade


Preço normal R$ 22.000,00
Preço normal Preço promocional R$ 22.000,00
Disponibilidade imediata

“Marã” deriva do tupi e significa “trabalho”, evocando ideias de esforço, transformação e continuidade. A obra de Camille Kachani parte desse conceito para refletir sobre as relações entre natureza e cultura, memória e apagamento, ligadas ao processo de colonização. Nela, o martelo, instrumento de trabalho, ganha raízes e se transforma em organismo vivo, simbolizando o crescimento e a vitalidade das tradições que formam o Brasil.

 

Entre as raízes, o artista incorpora miçangas, plantas artificiais verdes e detalhes dourados que remetem às cores e símbolos nacionais. Esses materiais, presentes na cultura popular, adquirem novo significado ao se unirem à escultura, sugerindo a convivência entre heranças coloniais e saberes ancestrais. Com sutileza e rigor formal, Kachani transforma objetos cotidianos em imagens poéticas que convidam à reflexão sobre a construção e a permanência das identidades brasileiras.

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Biografia

Camille Kachani - Carbono Galeria

Camille Kachani

n. 1963, Beirute, Libano | Vive e trabalha em São Paulo (SP), Brasil.

Camille Kachani desenvolve uma produção que transita entre fotografia, colagem e escultura, explorando conceitos como identidade, pertencimento e cultura. Suas obras partem de referências autobiográficas para refletir sobre a formação da identidade a partir da assimilação cultural, um processo contínuo de construção e dissolução.

Esse movimento também dialoga com a cultura midiática contemporânea, marcada por um excesso de estímulos visuais. O artista investiga como o bombardeio de informações impõe ao indivíduo uma captação seletiva, afastando-o da contemplação. Na série “Invisíveis”, Kachani transforma objetos banais do cotidiano, como carros usados, engradados de cerveja e cones de trânsito, ao revesti-los com materiais inusitados, como pelúcia, ou cores vibrantes, promovendo uma reaproximação poética com o que é comumente ignorado.

Sua prática se organiza em séries temáticas, cada uma fruto de um período de pesquisa e experimentação. A constante exploração de novos materiais e linguagens permite ao artista reinventar-se continuamente, movido pelo encantamento diante de novas possibilidades formais e conceituais.

Como observou o crítico Marcelo Campos, “são desenhos arquitetados por uma crença liberta da autonomia, ou dos dogmas construtivistas. O industrial, o estrutural e o funcional são completamente recobertos pela ficção, pelo efeito.”

Kachani tem obras em importantes acervos públicos brasileiros e participou de exposições em instituições de destaque, entre as quais: MAC SP, TRIO Bienal Internacional do Tridimensional (Rio de Janeiro, 2015), “Anna Maria Niemeyer: um caminho”, Paço Imperial (RJ, 2013), “Espelho Refletido”, Centro Cultural Hélio Oiticica (RJ, 2012), MAM RJ (2010), MAC PR e Paço das Artes (SP, 2008), XIV Biennale Internationale de Nancy (França, 2006) e MoLAA (EUA, 2004).

Entre suas exposições mais recentes, destacam-se “Uma Contra-História do Brasil” (2025, Zipper Galeria, São Paulo), “Orquestra Assinfônica Fotossintética” (2023, Zipper Galeria, São Paulo), “Solilóquio” (2019, Zipper Galeria, São Paulo), “Imagined Identities” (2019, Galeria Murilo Castro, Miami, EUA) e “Encyclopaedia Privata” (2016, Zipper Galeria, São Paulo).

Galerias representantes

Zipper Galeria, São Paulo