“Vitoria Régia 14 da série Flora”

Claudia Andujar é uma fotógrafa e ativista que se tornou uma figura central na luta pela preservação dos direitos dos povos indígenas no Brasil, especialmente os Yanomami. De origem judaica, Andujar sobreviveu às atrocidades da Segunda Guerra Mundial e, após emigrar para os Estados Unidos, estabeleceu-se no Brasil em 1955. Sem formação formal em fotografia, desenvolveu um olhar único, utilizando a câmera como uma ferramenta de expressão e engajamento social. Começou a documentar a vida dos Yanomami em 1971, transformando seu trabalho em uma plataforma para advogar em defesa dos direitos desses povos e alertar sobre as ameaças que enfrentam.

Seu trabalho recebeu reconhecimento internacional e foi apresentado em exposições de prestígio, como a 27ª Bienal de São Paulo e a mostra "Yanomami", na Fundação Cartier pour l'Art Contemporain, em Paris (2002). A exposição "Genocídio Yanomami, Morte no Brasil" (1989), realizada no MASP, e a retrospectiva "Claudia Andujar: A luta Yanomami" são marcos significativos em sua trajetória. Além disso, um pavilhão dedicado ao seu trabalho está localizado no Instituto Inhotim, em Minas Gerais.

As fotografias de Andujar, que capturam a vida e os desafios enfrentados pelos Yanomami, têm contribuído significativamente para a conscientização sobre as questões enfrentadas por esses povos, e seu trabalho continua a ser uma referência importante na luta pela justiça e preservação das culturas indígenas no Brasil.