“Não deixe o samba morrer”
Não deixe o samba morrer
(Cód. 10821)
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Data
2021 -
Técnica
madeira, alumínio, resina, aço e gravação a laser -
Dimensões
(A x L x P) 62.6 x 35.8 x 24.4 cm -
Edição
12 + 4PA -
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A obra faz parte da terceira Edição do Colecionador, uma colaboração entre a colecionadora Bia Yunes Guarita e o artista:
No ano do Carnaval ausente, em que as ruas não puderam ser tomadas por corpos e desejo, o objeto “Não deixe o samba morrer” (2021) é criado como um relicário da memória do samba. Ao mesmo tempo que guarda sua evocação, a escultura demanda a ação do interagente para que a música se faça presente. Ao tocar as sete teclas da marimba com a baqueta de ponta vermelha, é emanada a melodia da canção homônima de Edson Conceição e Aloísio Silva, que se tornou conhecida na voz de Alcione em 1975.
O título do trabalho, assim como a canção que emula, falam diretamente ao interlocutor. Conclamam-nos à ação que coloque o samba no mundo, seja pela dança, pelo canto ou pela lembrança. Os acordes emitidos chamam a atenção para os versos seguintes que pairam em nossa memória, falando das suas origens e sua vocação para reinventar a vida em meio à precariedade.
A obra se desenvolve a partir da pesquisa de Felippe Moraes sobre o samba e o Carnaval. Lançando mão de um design com fins poéticos, o artista promove experiências sinestésicas, corporais e afetivas a partir da relação com o objeto. Sendo um instrumento musical construído para tocar apenas um trecho de uma música específica, ele nos chama para a importância e urgência do que é enunciado: Não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar.