“Quero Viver no Carnaval - da série SAMBA EXALTAÇÃO”
Quero Viver no Carnaval - da série SAMBA EXALTAÇÃO
(Cód. 11659)
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Data
2022 -
Técnica
backlight -
Dimensões
(A x L x P) 33 x 42 x 7.5 cm -
Edição
10 + 3PA -
Acompanha certificado de autenticidade
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Os backlights do Felippe Moraes são registros do projeto SAMBA EXALTAÇÃO realizado em 2021, durante a segunda onda da pandemia, entre a Sexta-feira de Carnaval e o Domingo de Páscoa. A cada 13 dias, era instalado um letreiro em neon na janela de seu apartamento, no Ed. Mirante do Vale, São Paulo. Cada um desses neons contém o verso de uma música e estabelece uma relação com os pedestres do Viaduto Santa Efigênia e Vale do Anhangabaú.
Em um momento em que não poderiam ser realizadas exposições, Moraes encontra uma fresta no tecido social e urbanístico da Cidade para comunicar-se com outros cidadãos e cidadãs. Ao utilizar sua própria casa/ateliê como suporte para a obra, ela torna-se um farol poético a iluminar os caminhos em tempos sombrios, embrincando ainda mais as relações entre arte e vida.
A série de intervenções seguia o calendário litúrgico, iniciando-se com a frase “Agoniza mas não morre” do samba homônimo (1978) de Nelson Sargento, marcando a ausência dos festejos momescos. Em seguida, atravessava a quaresma com o apontamento filosófico “Uma pausa de mil compassos” da canção “Para ver as meninas” (1968) de Paulinho da Viola e em seguida “E viver será só festejar”, de “Baianidade Nagô” (1992) composta por Evandro Rodrigues. Na última etapa, já no período da Páscoa, a obra evocava a noção de renascimento e um desejo de redenção com “Quero viver no Carnaval”, uma alteração poética da canção “Quero morrer no Carnaval” (1969) de Luiz Antônio e Eurico Campos, eternizada na voz de Elza Soares.