O artista chileno pode ser descrito como um poeta que discursa sobre a humanização de utopias. Seu trabalho, que muitas vezes beira o imaginário, trata sobre questionamentos políticos e humanitários, tendo um embasamento na memória. Suas instalações e fotografias lidam com fatos políticos sobre exílios e retratam os fatos baseando-se na descontinuidade da memória.
As paisagens, que sempre aparecem em seus trabalhos, são tidas como espaços geo-poéticos imaginários. Enrique trabalha com elementos contemplativos, como a água, a areia, a fumaça e o vidro. Sua metodologia é, de certa forma, uma topografia humana. Várias obras são relatos e entrevistas de pessoas que se sentem deslocadas. Destes relatos são escolhidos trechos, que combinados com fotografias, formam poesias. De acordo com o artista: “os textos visuais operam, ao mesmo tempo, como imagem e imaginário.”
Suas mais recentes exposições individuais são: "Los Continentes", na Galerie Michel Rein, Bruxelas; "Los durmientes, Mar dulce", no Centro cultural Matta, em Buenos Aires; "El tiempo, el ánimo, el mundo", Museo Amparo, México; "Los durmientes", Museo de la Memoria y los Derechos Humanos em Santiago, Chile; "Restos de mar", Galeria Dieecke, Santiago, Chile; "Los Durmientes", Les modules, Palais de Tokyo, Paris, France; "Los continentes" na galeria Michel Rain, em Bruxelas; entre outras. Em 2014, foi vencedor do Prêmio de Aquisição EFG Bank & Artnexus. Enrique participou do Sesc_Vídeobrasil 2016, Panoramas do Sul – que teve uma edição especial de 30 anos e combinou novas obras com destaques desde 1983 – com a obra Pacífico.