• A arte ainda é a última esperança, Paulo Bruscky
  • A arte ainda é a última esperança, Paulo Bruscky

Paulo Bruscky

“A arte ainda é a última esperança”

A arte ainda é a última esperança

(Cód. 2253)

  • Data

    2014
  • Técnica

    carimbo de borracha sobre papel
  • Dimensões

    (A x L) 30 x 42 cm
  • Edição

    30

"A arte ainda é a última esperança" sugere um olhar libertário e otimista sobre a capacidade de arte de criar e modificar quem e o que ela toca. A frase faz referência a uma de suas obras e à retrospectiva realizada em 2013 no Bronx Museum denominadas “A Arte é a última esperança". Nessa nova obra, em que cada edição foi carimbada manualmente, Paulo Bruscky dá continuidade ao trabalho anterior e reafirma sua convicção da arte como sujeito ativo.

Mais obras de Paulo Bruscky

Biografia

Paulo Bruscky - Carbono Galeria

Paulo Bruscky

n. 1949, Recife (PE), Brasil | Vive e trabalha em Recife (PE), Brasil.

Pioneiro na utilização de mídias contemporâneas, como a arte postal, audioarte, videoarte e xerografia no Brasil, Paulo Bruscky é um dos maiores artistas conceituais na arte brasileira.

Iniciando sua trajetória na década de 1960, Bruscky vai manter contato próximo e corresponder-se com o grupo Fluxus e Gutai, dos quais possui o maior acervo da América Latina. Desde suas primeiras incursões artísticas, afirma-se como artista conceitual e, durante os anos 1970, carregará sua obra com intenso conteúdo político como forma de protesto ao sistema ditatorial brasileiro. Homenageia também, em seus trabalhos, artistas como John Cage e Duchamp, e, em performance de 1978, pergunta aos seus espectadores “O que é arte, para que serve?”, e reforça esse tipo de questionamento em outros trabalhos como "Confirmado: é arte" ou "É a arte reversível?".

Paulo Bruscky foi responsável por renovar a cena artística nacional dos anos 1970 e por inserir na arte brasileira outros tipos de mídias como xerox, fax, carimbo, "artdoor", entre outras. O artista desenvolve, através do uso de palavras e intertextualidade, um trabalho carregado de significado. Através da arte correio ele pôde burlar a censura durante os anos 1970 dentro do Movimento Internacional de Arte Correio. As questões de original e cópia, muito presentes na arte contemporânea, também se tornam visíveis em trabalhos como "Arte com firma reconhecida". Nos anos 1970, Bruscky também faz experimentações relacionadas ao corpo e novas tecnologias, inclusive da área médica, como o conjunto de obras "Meu cérebro desenha assim", "Sentimentos: Um poema feito com o coração", "Autum Radium Retratum", entre outros. Seu pioneirismo também está inserido na fotolinguagem dos anos 1970, através de séries como "Alto retrato", "Dados biográficos", "O eu comigo", "AlimentAção" e "MinoPaulo".

Participou das 16ª, 20ª, 26ª (sala especial) e 29ª edições da Bienal de São Paulo, 10ª Bienal de Havana (sala especial), 7ª Bienal do Mercosul (sala especial), entre outras bienais, e da Trienal Poli/Gráfica de San Juan em Porto Rico. Sua obra figura nas coleções do Centre Pompidou (França), Tate Modern (Inglaterra), Museum of Modern Art – MoMA (Estados Unidos), MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo e MAC USP – Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Museu d’Art Contemporani de Barcelona (Espanha), Museu de Arte Moderna de Amsterdã (Holanda), entre outros. Ao longo de sua carreira, foi contemplado com diversos prêmios. Em 2009, foi anistiado e recebeu o título de Cavaleiro da Ordem do Mérito Cultural, maior honraria do governo brasileiro, e, em 2011, foi homenageado com o prêmio "hors concours" de arte e tecnologia do Instituto Sergio Motta.

Galerias representantes

Galeria Nara Roesler, São Paulo.