• Selo ou não sê-lo

Paulo Bruscky

“Selo ou não sê-lo”

Selo ou não sê-lo

(Cód. 8083)

  • Data

    1991
  • Técnica

    envelope
  • Dimensões

    (A x L) 11.5 x 16.5 cm
  • Edição

    10 + 3PA

  • Acompanha certificado de autenticidade


Preço normal R$ 3.000,00
Preço normal Preço promocional R$ 3.000,00
Disponibilidade imediata

A obra "Selo ou não sê-lo" de Paulo Bruscky utiliza um envelope como suporte, explorando o selo como elemento central da comunicação. O título faz uma alusão à sonoridade da palavra "selo" e à célebre frase "ser ou não ser", de Shakespeare, trazendo uma reflexão conceitual sobre a natureza das trocas simbólicas. Esta peça insere-se no contexto da arte conceitual e da arte postal, campos amplamente explorados por Bruscky, que questiona os limites e significados da comunicação em suas diversas formas. 

Mais obras de Paulo Bruscky

Biografia

Paulo Bruscky - Carbono Galeria

Paulo Bruscky

n. 1949, Recife (PE), Brasil | Vive e trabalha em Recife (PE), Brasil.

Pioneiro na utilização de mídias contemporâneas, como a arte postal, audioarte, videoarte e xerografia no Brasil, Paulo Bruscky é um dos maiores artistas conceituais na arte brasileira.

Iniciando sua trajetória na década de 1960, Bruscky vai manter contato próximo e corresponder-se com o grupo Fluxus e Gutai, dos quais possui o maior acervo da América Latina. Desde suas primeiras incursões artísticas, afirma-se como artista conceitual e, durante os anos 1970, carregará sua obra com intenso conteúdo político como forma de protesto ao sistema ditatorial brasileiro. Homenageia também, em seus trabalhos, artistas como John Cage e Duchamp, e, em performance de 1978, pergunta aos seus espectadores “O que é arte, para que serve?”, e reforça esse tipo de questionamento em outros trabalhos como "Confirmado: é arte" ou "É a arte reversível?".

Paulo Bruscky foi responsável por renovar a cena artística nacional dos anos 1970 e por inserir na arte brasileira outros tipos de mídias como xerox, fax, carimbo, "artdoor", entre outras. O artista desenvolve, através do uso de palavras e intertextualidade, um trabalho carregado de significado. Através da arte correio ele pôde burlar a censura durante os anos 1970 dentro do Movimento Internacional de Arte Correio. As questões de original e cópia, muito presentes na arte contemporânea, também se tornam visíveis em trabalhos como "Arte com firma reconhecida". Nos anos 1970, Bruscky também faz experimentações relacionadas ao corpo e novas tecnologias, inclusive da área médica, como o conjunto de obras "Meu cérebro desenha assim", "Sentimentos: Um poema feito com o coração", "Autum Radium Retratum", entre outros. Seu pioneirismo também está inserido na fotolinguagem dos anos 1970, através de séries como "Alto retrato", "Dados biográficos", "O eu comigo", "AlimentAção" e "MinoPaulo".

Participou das 16ª, 20ª, 26ª (sala especial) e 29ª edições da Bienal de São Paulo, 10ª Bienal de Havana (sala especial), 7ª Bienal do Mercosul (sala especial), entre outras bienais, e da Trienal Poli/Gráfica de San Juan em Porto Rico. Sua obra figura nas coleções do Centre Pompidou (França), Tate Modern (Inglaterra), Museum of Modern Art – MoMA (Estados Unidos), MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo e MAC USP – Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Museu d’Art Contemporani de Barcelona (Espanha), Museu de Arte Moderna de Amsterdã (Holanda), entre outros. Ao longo de sua carreira, foi contemplado com diversos prêmios. Em 2009, foi anistiado e recebeu o título de Cavaleiro da Ordem do Mérito Cultural, maior honraria do governo brasileiro, e, em 2011, foi homenageado com o prêmio "hors concours" de arte e tecnologia do Instituto Sergio Motta.

Galerias representantes

Galeria Nara Roesler, São Paulo.