• Pitaya II
  • Pitaya II

Ana Maria Tavares

“Pitaya II”

Pitaya II

  • Data

    2024
  • Técnica

    impressão sobre seda
  • Dimensões

    (A x L) 89 x 89 cm
  • Edição

    10

  • Acompanha certificado de autenticidade


Preço normal R$ 3.000,00
Preço normal Preço promocional R$ 3.000,00
Disponibilidade imediata

A fruta pitaya empresta seu nome para esta edição de echarpes nas cores rosa, magenta e vermelho, compostas em formato de uma malha quadriculada, como um tabuleiro de xadrez. Essas imagens resultam da reprodução e fotomontagem de azulejos reais, construídos pela artista em couro de bode metalizado e lavado, para configurar a instalação "Fachadas Insanas" em 2013. As experimentações que ocorreram após a produção de "Fachadas Insanas" levaram a artista a transpor as imagens obtidas para outros suportes, como a seda pura, e a trazer certa ambiguidade em relação às texturas do couro, que, neste contexto, passa a ser animado pela corporeidade da seda pura. A seda pura se transforma em uma nova pele para o corpo; a malha quadriculada e racional perde seu protagonismo e anuncia ser atravessada por uma outra vida orgânica em sua topografia rasa e plana.

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Biografia

Ana Maria Tavares

Ana Maria Tavares

n. 1958, Belo Horizonte (MG), Brasil | Vive e trabalha em São Paulo (SP), Brasil

Ana Maria Tavares é bacharel em Artes Plásticas pela FAAP (1978–1982), mestre pela School of the Art Institute of Chicago (1984–1986) e doutora pela Universidade de São Paulo (1995–2000). Foi contemplada com as bolsas Guggenheim Foundation Grant (NY, 2001), Ida Ely Rubin Artist in Residence no MIT (Massachusetts, 2007) e Lynette S. Autrey Visiting Scholars na Rice University (Houston, 2014). Pesquisadora e docente em artes desde 1982, atuou na ECA/USP entre 1993 e 2017 nos programas de Graduação e Pós-Graduação. Em 2016 recebeu o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte de Melhor Retrospectiva do Ano com a mostra individual "No próprio lugar: uma antologia da obra de Ana Maria Tavares", apresentada na Pinacoteca de São Paulo.

Em sua produção, a compreensão de que natureza tropical e arquitetura são construções ideológicas no centro da tríade modernismo, modernidade e modernização leva à conceituação de obras que questionam as implicações políticas, econômicas e sociais do movimento moderno no Brasil, expondo a cumplicidade entre o ambiente construído e as utopias da eugenia discutidas pela historiadora da arte Fabiola López-Durán. A obra de Tavares atravessa dicotomias da modernidade como progresso e atraso, beleza e feiura, pureza e contaminação.

Seus trabalhos recentes confrontam técnicas industriais e artesanais, incorporando o ornamento, elemento excluído da arquitetura moderna, para interrogar gênero, raça e alteridade, temas frequentemente ausentes das narrativas celebratórias do modernismo. Desde a década de 1990, sua pesquisa se concentra na natureza tropical, seja por meio de releituras de Burle Marx (1909–1994), dos nenúfares Victoria Amazônica ou das bacias hidrográficas brasileiras, em diálogo com arquitetos modernistas como Adolf Loos (1870–1933), Le Corbusier (1887–1965), Oscar Niemeyer (1907–2012) e Lina Bo Bardi (1914–1992).

Sua primeira exposição ocorreu em 1982, marcando o início de sua trajetória no Brasil e no exterior. Participou de quatro edições da Bienal Internacional de São Paulo (1983, 1987, 1991 e 2000), da "VII Bienal de Havana" (2000), da "Bienal de Pontevedra" (2000), da "Bienal de Istambul" (2001) e da "Bienal de Cingapura" (2006). Entre as exposições individuais no Brasil, destacam-se: "Porto Pampulha" (1997) no MAP Museu de Arte da Pampulha; "Relax’o’vision" (1998) no MuBE Museu Brasileiro da Escultura; "Enigmas de uma Noite" (2004) no Instituto Tomie Ohtake; "Tautorama" (2013) no Paço das Artes; "Natural-Natural: Paisagem e Artifício" (2013) no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura; "Atlântica Moderna: Purus e Negros" (2014) no Museu Vale; "Cárceres a Duas Vozes: Piranesi e Ana Maria Tavares" (2015) no Museu Lasar Segall; "Deviating Utopias with Victorias Regias" (2015) na Galerie Stöeckle Hauser, em Stuttgart; "Forgotten Mantras" (2016), "O Real Intocável" (2019) e "Naturalítica e Hierbabuenas" (2023) na Galeria Silvia Cintra, no Rio de Janeiro; e "Campo Fraturado, SOS" (2021), trabalho site specific no Museu de Arte.