“Espada forte III”
Espada forte III
(Cód. 13498)
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Data
2024 -
Técnica
serigrafia e aplicação de miçangas sobre papel -
Dimensões
(A x L x P) 100 x 70 x 4 cm -
Edição
15 + 3PA -
Acompanha certificado de autenticidade
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A artista visual Aline Bispo utiliza-se de sua produção artística para investigar as construções étnicas e sociais do Brasil. Em “Espada forte”, serigrafia desenvolvida especialmente para a Carbono Galeria, a espada-de-são-jorge, originária do continente africano, aparece como figura central da peça. Símbolo de proteção, a planta popularizada no território brasileiro está presente em lares e comércios, além de cultos religiosos. A aplicação individual de um fio de contas em cada obra reforça a pesquisa da artista acerca dos sincretismos religiosos presente no Brasil. A cor escolhida para cada cordão está conectada a Ògún, orixá que abre caminhos e atrelado à natureza, também relacionado à figura católica de São Jorge, reiterando a fusão de crenças que compõem nosso País.
Ana Carolina Ralston
Biografia
Aline Bispo
A artista Aline Bispo baseia sua prática na pluralidade. Sua pesquisa abrange diversas instâncias da imagem. Bispo cria ilustrações onde figuras de ícones religiosos encontram elementos da natureza e símbolos políticos em composições de caráter gráfico, marcadas por superfícies de cor que preservam os traços da artista. Tela, papel, capas de livro, colunas de jornal, empenas de prédio, tecidos e seu próprio corpo, na performance, são alguns dos suportes que a artista explora, buscando não se limitar. Em seu processo de criação, uma mesma imagem pode transitar por diferentes meios para adquirir novas propriedades materiais e sentidos. Ao se disseminarem, essas imagens refundam o imaginário brasileiro a partir da ideia de sincretismo.
O trabalho de Aline muitas vezes extrapola os espaços tradicionais da arte para encontrar o público em diferentes contextos. O encontro é fundamental na prática da artista, que investiga temas relacionados à formação sociocultural do Brasil, especialmente o violento encontro entre europeus e africanos. O sincretismo emerge como uma abordagem para os efeitos da miscigenação, permeando o trabalho da artista com elementos visuais comuns, mas com diferentes significados para o cristianismo e as religiões de matriz afro-diaspórica. A espiritualidade se faz presente até mesmo nos elementos da natureza, cuja importância ritual, como cura e alimento, é baseada em conhecimentos ancestrais.
Além de sua prática artística, desde 2020, Aline Bispo é curadora do Instituto Ibirapitanga, dedicado à defesa das liberdades e das práticas democráticas no Brasil. Sua primeira exposição individual, "A Medicina Rústica: Pinturas de Aline Bispo", aconteceu na Galeria Luis Maluf, em São Paulo, Brasil (2021). Participou de diversas exposições coletivas, destacando-se: "Dos Brasis: Arte e Pensamento Negro", no Sesc Belenzinho, em São Paulo, Brasil (2023); "Mães - No Imaginário da Arte", no Museu Afro Brasil Emanoel Araújo, em São Paulo, Brasil (2023); "Mulheres que Mudaram 200 Anos", na Caixa Cultural, em São Paulo, Brasil (2022); "Ocupação Olhares Inspirados: Raquel Trindade, Rainha Kambinda", no Sesc 24 de Maio, em São Paulo, Brasil (2021); e "Tenho os Olhos Abertos, Não Posso Mais Voltar", no Adelina Cultural, em São Paulo, Brasil (2019). Seu trabalho integra as coleções do Museu de Arte de São Paulo (MASP), em São Paulo, Brasil, e do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS), em Porto Alegre, Brasil, espaço que se prepara para receber a primeira exposição institucional da artista em novembro de 2023.
Galerias representantes
Galeria Luis Maluf, São Paulo
Destaques da carreira
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"A linha dá o ponto, a linha dá o caminho" | 2024 | MACRS, Porto Alegre, RS
