• Oca Waves II
  • Oca Waves II

Ana Maria Tavares

“Oca Waves II”

Oca Waves II

  • Date

    2024
  • Technique

    impressão sobre seda
  • Dimensions

    (H x W) 89 x 89 cm
  • Edition

    10

  • Comes with certificate of authenticity


Regular price R$ 3.000,00
Regular price Sale price R$ 3.000,00
Available for immediate shipping

Na série Hieróglifos Sociais, de 2011, da qual faz parte OCA Waves, a artista realiza uma releitura da arquitetura do edifício da OCA (Parque do Ibirapuera, SP, 1951), projetado por Oscar Niemeyer (1907–2012), para criar um universo desviante e contaminado. Uma vez transformada por manipulações digitais que empregam rebatimentos especulares múltiplos – artifícios visuais criados durante o processo de alteração do projeto original da OCA – a arquitetura original se modifica, cedendo lugar a um universo instável, líquido e desviante.

Works from Ana Maria Tavares

Biografia

Ana Maria Tavares

Ana Maria Tavares

n. 1958, Belo Horizonte (MG), Brasil | Vive e trabalha em São Paulo (SP), Brasil

Ana Maria Tavares é bacharel em Artes Plásticas pela FAAP (1978–1982), mestre pela School of the Art Institute of Chicago (1984–1986) e doutora pela Universidade de São Paulo (1995–2000). Foi contemplada com as bolsas Guggenheim Foundation Grant (NY, 2001), Ida Ely Rubin Artist in Residence no MIT (Massachusetts, 2007) e Lynette S. Autrey Visiting Scholars na Rice University (Houston, 2014). Pesquisadora e docente em artes desde 1982, atuou na ECA/USP entre 1993 e 2017 nos programas de Graduação e Pós-Graduação. Em 2016 recebeu o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte de Melhor Retrospectiva do Ano com a mostra individual "No próprio lugar: uma antologia da obra de Ana Maria Tavares", apresentada na Pinacoteca de São Paulo.

Em sua produção, a compreensão de que natureza tropical e arquitetura são construções ideológicas no centro da tríade modernismo, modernidade e modernização leva à conceituação de obras que questionam as implicações políticas, econômicas e sociais do movimento moderno no Brasil, expondo a cumplicidade entre o ambiente construído e as utopias da eugenia discutidas pela historiadora da arte Fabiola López-Durán. A obra de Tavares atravessa dicotomias da modernidade como progresso e atraso, beleza e feiura, pureza e contaminação.

Seus trabalhos recentes confrontam técnicas industriais e artesanais, incorporando o ornamento, elemento excluído da arquitetura moderna, para interrogar gênero, raça e alteridade, temas frequentemente ausentes das narrativas celebratórias do modernismo. Desde a década de 1990, sua pesquisa se concentra na natureza tropical, seja por meio de releituras de Burle Marx (1909–1994), dos nenúfares Victoria Amazônica ou das bacias hidrográficas brasileiras, em diálogo com arquitetos modernistas como Adolf Loos (1870–1933), Le Corbusier (1887–1965), Oscar Niemeyer (1907–2012) e Lina Bo Bardi (1914–1992).

Sua primeira exposição ocorreu em 1982, marcando o início de sua trajetória no Brasil e no exterior. Participou de quatro edições da Bienal Internacional de São Paulo (1983, 1987, 1991 e 2000), da "VII Bienal de Havana" (2000), da "Bienal de Pontevedra" (2000), da "Bienal de Istambul" (2001) e da "Bienal de Cingapura" (2006). Entre as exposições individuais no Brasil, destacam-se: "Porto Pampulha" (1997) no MAP Museu de Arte da Pampulha; "Relax’o’vision" (1998) no MuBE Museu Brasileiro da Escultura; "Enigmas de uma Noite" (2004) no Instituto Tomie Ohtake; "Tautorama" (2013) no Paço das Artes; "Natural-Natural: Paisagem e Artifício" (2013) no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura; "Atlântica Moderna: Purus e Negros" (2014) no Museu Vale; "Cárceres a Duas Vozes: Piranesi e Ana Maria Tavares" (2015) no Museu Lasar Segall; "Deviating Utopias with Victorias Regias" (2015) na Galerie Stöeckle Hauser, em Stuttgart; "Forgotten Mantras" (2016), "O Real Intocável" (2019) e "Naturalítica e Hierbabuenas" (2023) na Galeria Silvia Cintra, no Rio de Janeiro; e "Campo Fraturado, SOS" (2021), trabalho site specific no Museu de Arte.